A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira Carlos Roberto Júnior, membro da Gaviões da Fiel, torcida uniformizada do Corinthians. Ele é acusado de dupla tentativa de homicídio em briga com torcedores do São Paulo, em março deste ano, na avenida Integração, em Carapicuíba, na Grande São Paulo.
A identificação do torcedor ligado à Gaviões foi possível após uma denúncia anônima. A prisão temporária do suspeito foi decretada pela Justiça.
O UOL Esporte entrou em contato com o advogado da Gaviões, Davi Gebara, que não quis se pronunciar sobre a prisão do torcedor.
Carlos Roberto é suspeito de também participar de confusão entre membros da Gaviões e da Mancha Alviverde, do Palmeiras, na avenida Inajar de Souza, na Zona Norte, que resultou na morte de dois torcedores do Palmeiras, em março do ano passado.
Os torcedores do Palmeiras mortos no confronto foram André Alves Leso e Guilherme Vinicius Jovanelli, ambos da Mancha Alviverde.
A investigação foi conduzida pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
Polícia investiga outros Gaviões
A Polícia Civil investiga a participação de três integrantes da Gaviões da Fiel em brigas com torcedores do Palmeiras. Entre eles está Wagner da Costa, o "BO", presidente da Gaviões.
Os acusados são Rodrigo de Azevedo Fonseca, o "Diguinho" e Reinaldo Gilberto Alves, o "Adi", o tesoureiro.
Diguinho responde pela morte de Diogo Borges, palmeirense que foi vítima em uma briga travada em uma estação de metrô, em 2005.
BO e Adi são acusados de envolvimento nas mortes de André Alves Leso e Guilherme Vinicius Jovanelli, também da Mancha Alviverde, em um confronto no ano passado, na Zona Leste de São Paulo.
De acordo com o inquérito, líderes da Gaviões alugaram um bar na região onde um grupo de torcedores organizados passou a noite anterior ao confronto, com direito a churrasco e bebida. Antes do início da briga, um dos corintianos teria feito um discurso pedindo que "Leso" fosse o alvo da pancadaria.
O "Leso" em questão é Lucas Leso, irmão de André e então vice-presidente da Mancha. Ele era um dos acusados pela morte de Douglas Silva, encontrado morto em 2011 no rio Tietê após uma outra briga entre organizadas.
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