quinta-feira, 26 de setembro de 2013

A farra com DINHEIRO PÚBLICO continua

BNDES e prefeitura travam dinheiro do Itaquerão. Desesperam diretoria. E a Odebrecht se cansou de esperar. Tem empréstimo de R$ 250 milhões para receber do Corinthians hoje…


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O sétimo jogo sem vitória do Corinthians ficou em segundo plano.
O frustrante 0 a 0 com o Grêmio no Pacaembu não é tão grave.
Nem o time haver marcado apenas um gol nos últimos seis jogos.
Ou a saudade de Paulinho, finalmente assumida ontem por Tite.
Ele era o único jogador que o treinador não queria vendido.
Mas tudo isso não importa.
O Parque São Jorge acorda em ebulição.
O motivo é outro.
O vencimento do empréstimo de R$ 250 milhões feito pela Odebrecht.
A empreiteira tomou esse dinheiro do Banco do Brasil e do Santander.
A quantia foi necessária para apressar as obras.
O prazo do pagamento do empréstimo era agosto.
Foi prorrogado até hoje.
Há quem garanta que R$ 70 milhões são apenas juros.
A situação é complicada.
O Itaquerão é o único estádio que não teve seu dinheiro liberado pelo BNDES.
De todos que farão parte da Copa do Mundo.
O banco faria o empréstimo de R$ 400 milhões para o Corinthians.
O clube necessita de uma instituição financeira que se responsabilize pelo dinheiro.
Não houve acordo com o Banco do Brasil por causa das garantias e juros.
O clube quis que a Caixa, sua patrocinadora, assumisse o lugar do BB.
Mas a questão ainda está travada pela burocracia.
Os R$ 420 milhões em CIDs prometidos pela Prefeitura de São Paulo emperraram.
Só R$ 156 milhões dos Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento foram liberados.
Ou seja, chegaram pouco mais de 10% ao estádio de R$ 1 bilhão.
A Odebrecht está bancando toda a obra.
Mais de 88% está concluída.
Além dos R$ 250 milhões emprestados...
A construtora gastou mais R$ 450 milhões no estádio.
Já colocou mais de R$ 700 milhões...
O clube está apelando para todos os seus contatos no governo federal.
Deputados, senadores, ministros.
Conselheiros juram que até Lula entrou nesta briga.
A construtora teria aceitado construir o estádio por um pedido do ex-presidente.
Só que a cúpula do BNDES não quer ceder.
3ae8 BNDES e prefeitura travam dinheiro do Itaquerão. Desesperam diretoria. E a Odebrecht se cansou de esperar. Tem empréstimo de R$ 250 milhões para receber do Corinthians hoje...
E o repasse de R$ 400 milhões continua travado.
O desespero domina a diretoria.
O ex-presidente Andrés Sanchez está à frente desta negociação.
Dia sim e o outro também, ele usa a mídia.
Tenta pressionar o BNDES dizendo que a obra vai parar.
Dentro do clube, boatos são passados para a imprensa.
Principalmente envolvendo os naming rights.
Dirigentes querem fazer acreditar que empresários estão se estapeando...
Guerreando para ter o direito de batizar o Itaquerão.
Ambev, Caixa, Emirates, Itaipava...
Todos já foram apresentados "em off" como vencedoras da "concorrência".
E pagariam R$ 400 milhões em dez anos por dar seu nome à obra.
A TV Globo teria até aceitado divulgar o nome da empresa nos jogos.
Desde que recebesse 10% do acordo.
Ou seja, R$ 40 milhões.
Essa história vem se arrastando há quase dois anos.
Na verdade é o Corinthians que vem oferecendo o nome do estádio às empresas.
Só que os contatos foram infrutíferos.
Qualquer reunião agendada foi divulgada como se o acordo estivesse fechado.
Por isso tantas decepções.
Boatos dão conta que no sábado pode surgir o sonhado nome.
Seria o momento ideal, a festa de aniversário de 103 anos do clube.
Será o primeiro evento no Itaquerão.
Show de Ivete Sangalo para 3.000 convidados.
Ela usará parte das arquibancadas como palco.
A ideia de Andrés é passar tranquilidade, festa.
Mas não é esse o clima.
Economistas garantem que o empréstimo do BNDES é uma transação assustadora.
Os R$ 400 milhões deverão chegar a R$ 750 milhões com os juros e correção.
Seja qual for o banco que faça o repasse.
Vale lembrar que o estádio só será realmente do clube 30 anos após sua inauguração.
Até lá as bilheterias e receitas com placas, cadeiras e lojas ficarão com o Fundo Arena.
Este fundo é formado pela própria Odebrecht e Jequitiba Patrimonial.
Não bastassem os entraves, o ambiente político ferve.
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Andrés deixa claro que deseja ver Roberto de Andrade como novo presidente.
Só que Mario Gobbi pode ser reeleito.
Está indeciso quanto a tentar ou não ficar mais um mandato.
Só que ele está rompido com o ex-presidente e seu mentor.
O apoio a Roberto de Andrade também desagrada a outros possíveis candidatos.
Eles fazem parte da atual diretoria.
Toda essa ebulição deverá vir à tona neste sábado no Itaquerão.
Por isso, Tite e seus jogadores estarão poupados até lá.
O Parque São Jorge amanheceu tenso.
A cúpula da Odebrecht se cansou.
Quer seu dinheiro.
Como Andrés Sanchez havia prometido.
Com o aval de Lula...
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