terça-feira, 5 de novembro de 2013

Governistas trabalham para impedir instalação da CPI das Federações

Comissão procura investigar irregularidades na CBF e gastos nas obras da Copa



DÉBORA ÁLVARES - Agência Estado
BRASÍLIA - Às vésperas da Copa do Mundo, o governo vai tentar barrar a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Federações, que objetiva investigar denúncias de irregularidades na CBF, nas federações estaduais de futebol e também com gastos do governo nas obras de infraestrutura para o Mundial de 2014. A ministra de Relações Institucionais da Presidência da República, Ideli Salvatti, se reuniu com líderes da base para pedir a retirada de assinaturas antes que o requerimento que solicita a investigação seja lido no plenário, o que está previsto para a tarde desta terça-feira.
Governo tenta retirar assinaturas de requerimento de CPI - Ed Ferreira/Estadão
Ed Ferreira/Estadão
Governo tenta retirar assinaturas de requerimento de CPI
Até 11 horas desta terça, 27 senadores apoiavam a criação da comissão - esse é o número mínimo de assinaturas necessárias para a instalação. O requerimento que pede a criação da CPI tinha, no dia 31 de outubro, 33 assinaturas - seis a mais que o mínimo necessário. A ministra vai pedir aos líderes que convençam mais correligionários a retirar assinaturas e, assim, evitar a instalação da comissão.
Durante a sessão deliberativa desta terça, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), vai ler o requerimento. Após a leitura, ainda há um prazo de 24 horas para a inclusão ou retirada de assinaturas. Caso após esse limite, pelo menos, 27 senadores mantenham apoio à instalação da CPI, Renan vai pedir aos líderes da Casa indicações de nomes para ocupar a presidência e para compor a comissão.
A instalação da CPI das Federações tem sido defendida há meses pelo senador Mário Couto (PSDB-PA). Segundo ele, é preciso investigar o conluio existente entre presidentes de federações e a gestão do ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Ele pretende, ainda, analisar as obras da Copa e as renúncias fiscais que ocorrer, de acordo com o senador, em favor da CBF e de patrocinadores da seleção brasileira. 

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