sábado, 29 de dezembro de 2012

Veja quanto as aplicações financeiras renderam no Brasil em 2012




Pelo terceiro ano seguido, o ouro esteve entre as aplicações financeiras que mais renderam no Brasil. Em 2012 o metal liderou o ranking de investimentos com valorização de 15,26% no período. Isso representa mais que o dobro do obtido pelo Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa), que subiu 7,4% no ano, abaixo da inflação medida pelo IGP-M que foi de 7,82%. O dólar subiu 9,42% durante o ano, mas em razão das incertezas que rondam a economia mundial e, principalmente, pela decisão política (acertada) de desvalorizar o Real.
A poupança antiga teve um ganho líquido de 6,48% no ano, se tornando preferida em comparação com os fundos com taxas elevadas de administração em 2012, principalmente porque estes também pagam imposto de renda. Até mesmo a poupança com depósitos a partir de maio de 2012 está superando a maioria dos fundos DI que cobram mais de 1% de taxa.
Em 2012, os fundos DI, após o imposto de renda, tiverem rendimentos entre 6,34% a 6,95%. A maioria dos analistas é cética quanto às aplicações indexadas ao CDI porque o retorno líquido está muito baixo e a expectativa de aumento no futuro é bastante pequena.
No caso da Bolsa de Valores, vários fatores influenciaram para que tivesse um desempenho aquém do que o mercado esperava. Entre as quais pode ser citadas: as intervenções do governo federal na Petrobrás prejudicaram o desempenho das ações da estatal, em razão do seu maior peso no Ibovespa; as condições estabelecidas pelo governo para renovação das concessões do setor elétrico causaram pânico entre os investidores; e as crises que abatem muitos países ricos.
Em razão dessas intervenções do governo nessas empresas, teve-se uma baixa razoável na rentabilidade da Petrobrás e quedas acentuadas em algumas ações de empresas de energia elétrica. Por exemplo, as ações preferenciais da Cesp caíram 38,7%. Além disso, as bolsas internacionais subiram muito em dólar e o ritmo fraco da economia brasileira também contribuiu bastante para esse resultado no mercado acionário nacional.
Com o pessimismo no mercado de ações e os baixos rendimentos nas aplicações tradicionais, muitos foram para aplicações no mercado de ouro e de dólar. Aliás, essas foram as duas melhores opções de investimentos em 2012. Se considerarmos a inflação a que é medida pelo IGP-M, os ganhos obtidos pelo Ibovespa, pela caderneta de poupança, pelos fundos DI e pelos CDBs todos esses ficaram abaixo da inflação.

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