sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Polícia prende pela 2ª vez pastor acusado de dar suporte financeiro a facções




Pastor evangélico e morador de uma cobertura de luxo em Gramado (120 km de Porto Alegre), Clóvis Ribeiro, o Nai, foi preso nesta sexta-feira (21). Ele é acusado de manter financeiramente organizações criminosas, entre elas o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o Comando Vermelho.
Nai já havia sido preso em 2005 – junto com o filho do ex-jogador de futebol Pelé, o goleiro Edinho – durante a Operação Indra.
À época, a Polícia Civil de São Paulo prendeu 13 suspeitos de tráfico e de um suposto envolvimento com o sequestro da mãe do jogador Robinho. O inquérito judicial, porém, foi arquivado pela Justiça, que considerou ilegal o procedimento da polícia para obter provas.
Ribeiro ficou preso até meados de 2008, quando se refugiou no Rio Grande do Sul e iniciou a atividade de pastor evangélico. Ele também é acusado de ser uma espécie de consultor do traficante Ronaldo Duarte Barsotti de Freitas, o Naldinho. 

Casa com cobertura

Ribeiro foi detido em casa por volta das 9h30, na cobertura onde morava com a mulher e duas filhas. Segundo a polícia, o suposto pastor morava no Estado há pelo menos quatro anos e abastecia mais de uma quadrilha com dinheiro lavado no Rio Grande do Sul.
Procurado desde o dia 27 de novembro, quando o Denarc (Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos) de São Paulo expediu mandado de prisão contra ele, o empresário e pastor foi preso sem resistência.
O delegado responsável pela prisão, Gustavo Barcelos, disse que ainda não foi confirmada a participação do suspeito em organizações criminosas, mas que o histórico de Ribeiro sugere uma ação importante. Segundo Barcelos, o suspeito responde a processos na Justiça de São Paulo por tráfico de drogas, associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e tráfico internacional de armas. 
Ribeiro deverá ser ouvido ainda hoje pela polícia. O delegado não informou onde o suspeito ficará detido, nem confirmou se o falso pastor será transferido para São Paulo.
Segundo Barcelos, o acusado disse que abandonou as atividades criminosas e se voltou à religião para "salvar pessoas das drogas".  

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