sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Maranhão decreta estado de emergência em sistema prisional

Governadora Roseana Sarney também pediu ao Ministério da Justiça envio de agentes da Força Nacional

BRASÍLIA - A governadora do Maranhão, Roseana Sarney, decretou estado de emergência no sistema prisional maranhense. O decreto visa a agilizar a construção de dez unidades prisionais, segundo a assessoria do governo estadual. A promessa do governo é erguer um novo presídio de segurança máxima na capital, São Luís, e mais nove em cidades do interior. Com a reforma de unidades prisionais pertencentes à Polícia Judiciária em funcionamento no interior do estado, a proposta do governo maranhense é criar, até o final de 2014, 2,8 mil vagas.
O estado também já pediu ao Ministério da Justiça que autorize o envio de agentes da Força Nacional para auxiliar as polícias locais a combater as facções criminosas que atuam no Maranhão. O ministério confirmou a informação, mas disse que a data da chegada e o número de policiais que participarão da ação ainda estão sendo discutidos.

O decreto de estado emergência no sistema prisional permitirá à Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária dispensar muitas das exigências burocráticas impostas a obras públicas, construindo unidades em caráter emergencial. A proposta de construir três unidades prisionais já havia sido anunciada pelo secretário de Segurança Pública, Aluisio Mendes, ontem, após o fim da rebelião no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís. Nove presos morreram e pelo menos 20 ficaram feridos durante a rebelião no motim.
As causas da rebelião ainda estão sendo investigadas, mas, em nota, a Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap) adiantou que, de acordo com informações preliminares, foi causada pela guerra de facções no presídio e em represália à prisão de vários integrantes de uma delas.
No dia seguinte ao motim, o medo tomou conta de parte dos moradores de São Luís, motivando o sindicato dos rodoviários a recolher os ônibus durante a noite, colégios e universidades a cancelar aulas e muitos comerciantes a encerrar o expediente mais cedo.


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