Enquanto alguns pregam que Portel é o município que mais cresce e se desenvolve no Marajó, nós que lutamos na contra-mão de um processo político que cada vez mais oprime trabalhadores da rede pública municipal e sucateia os serviços públicos de educação, saúde, infraestrutura entre outros, insistimos que precisamos urgentemente de novo projeto de governo voltado para a classe trabalhadora e ribeirinhos.
O município que "disque" mais cresce no Marajó é o mesmo que deixou de pagar o mês de dezembro/2012 dos funcionários da educação, situação que obrigou os trabalhadores da educação a deflagrarem greve no primeiro semestre deste ano, assim como é o mesmo que tem congelado a quase uma década os salários de funcionários públicos de diversas áreas como carpinteiros, encanadores, motoristas, eletrecistas, secretários escolares, entre outros.
Sentímo-nos na obrigação de explicitar a realidade do nosso município, abrindo as cortinas do interior do mesmo para aprensentar as dores do povo e o sofrimente de quem convive a verdadeira realidade, pois não podemos negar que está quase tudo errado, visto que em pleno século XXI ainda temos crianças fora da escola e/ou estudando em condição muito precárias.
FOTO: Escola da Comunidade São Benedito - Rio Anijó.
Assim estudam algumas crianças na Comunidade São Benedito - Rio Anijó em Portel. Não têm carteiras suficiente para todas, nem água de qualidade para beber, nem banheiro biológico, nem material didático que facilite a aprendizagem e, nem agentes políticos do governo municipal comprometidos em melhorar esta realidade. Todavia, o que mais nos preocupa é a consciência do nosso povo que acha que está tudo bem porque na comunidade tem um professor. Nessas bandas não existe posto de saúde e se alguém adoecer tem que vir para a cidade buscar tratamento.
Nesta realidade que alguns desconhecem, ocorrem furtos e roubos de motores e residências todas as semanas, no entanto, isto não entra nas estatísticas da polícia porque estes não atuam nos nossos rios de Portel e poucos são os ribeirinhos que vem registrar as ocorrências, o que chega são apenas os comentários de que furtaram o barco de fulano... ou assaltaram um casa no rio tal e etc.
FOTO: Sessão itinerante na Vila Acangatá - Rio Camarapí.
Em sessão itinerante na Vila Acangatá - Rio Camarapí, nós vereadores, ouvimos os reclames de várias lideranças de diversas comunidades que pediram a construção de escolas para substituir as antigas, chamadas de "caixa de fósforo" construídas na gestão do ex-prefeito Elquias Monteiro e que não mais atendem as necessidades da comunidade ou simplismente estão destruidas, ou ainda em locais que ainda não existem escolas, como foi o caso registrado pelo Sr. Manoel Martins da Comunidade São Pedro - Rio Acangatá onde não existe escola.
Todavia, a Vila do Acangatá que é um distrito de Portel com 126 anos de história, mas que segundo o Dirigente Comunitário José João, está a mais de vinte anos abandonada pelo pelo poder público, pois entra prefeito e sai prefeito e ninguém olha para as necessidades da vila, sendo que o último a deixar legado foi o ex-prefeito Renato Queiroz que asfaltou as duas vias da vila, construiu um posto policial, um posto de saúde e uma casa de força que gerava energia para todos da vila, depois deste, apenas uma linha de telefone fixo foi instalada na localidade. Porém, as cobranças dos moradores estão na reconstrução do asfalto das ruas da vila; na aquisição de uma lancha/voadeira para os casos de urgência emergência que chegam ao posto de saúde; na reforma e ampliação da escola que está com déficit de 03 salas de aula; na solicitação da presença de 02 guardas armados para fazer a segurança no local, visto que até mesmo o dirigente está sendo ameaçado ali.
Nesta mesma sessão, uma professora reclamou das condições de trabalho alegando que falta apoio e que quando se realiza um evento na comunidade, já teve de vim coordenador da SEMED só bater foto do evento para fazer mídia em Portel.
Entretanto, as reclamações que ouvimos na Vila Acangatá se repentem em todos os outros locais de nosso interior onde não existe uma política de apoio e de insentivo à produção rural e o pouco que se planta, mau dá para o sustento das famílias. Para tanto, vale aqui ressaltarmos que Portel tem o 13º pior Índice de Desenvolvimento Humano - IDH do Brasil.
Click aqui e veja como está a situação nos postos de saúde de nossa cidade.
Click aqui e veja a situação de uma das escolas públicas de nossa cidade.
A situação da violência urbana é assustadora, o desemprego em alta, talvez contribui para essa onda de violência. Várias empresas fecharam as portas e foram embora de nosso município depois de explorarem nossas riquezas e deixaram aqui a miséria para o nosso povo, pois a prefeitura hoje é principal fonte de geração de emprego e isso já levou ao inchaço de folhas de pagamento na gestão anterior e que causou o transtorno do pagamento da folha de dezembro/2012, portanto, é um complicador para a gestão que muitas vezes o faz para ter retorno político em véspera de eleição. A nossa população se indigna com a cobrança de impostos que não são retribuidos com serviços ou obras públicas. Como podemos confiar? Pois, 07 de cada 10 funcionários públicos estão descontentes com suas ocupações e só não largam o trabalham porque não têm outra perspectiva.
Em fim, diante de tudo o que nos reportamos,não podemos concordar com a afirmativa de que Portel é a cidade que mais cresce e se desenvolve no Marajó, é por isso que o Ver. Ronaldo Alves faz oposição na CMP e se coloca ao lado do povo, para desmascarar a mentira e denunciar os fatos com responsabilidade e respeito a todos e todas, pois é muito difícil fazer oposição sozinho sabendo que muitos de seus correliginários serão perseguidos por fazerem o enfrentamento necessário aos ditos "donos do poder".
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