quinta-feira, 9 de maio de 2013

Veja o que os brasileiros pensam sobre a própria felicidade


Por Laísa Weber Prust,  psicóloga e mestre em Psicologia pela UFPR, com especialização em Treinamento e Desenvolvimento de Recursos Humanos e Gestão Estratégica de Pessoas pela FAE
 O Instituto Akatu (www.akatu.org.br) é uma organização não governamental sem fins lucrativos que trabalha pela conscientização e mobilização da sociedade para o consumo consciente. A palavra Akatu vem do tupi e tem dois significados: semente boa e mundo melhor. Periodicamente a instituição realiza uma pesquisa sobre felicidade e desejos dos brasileiros. O objetivo é conhecer a percepção dos participantes em relação ao seu consumo, à sustentabilidade e à responsabilidade social das empresas. Dados parciais foram divulgados em abril e em maio de 2013 o relatório completo da pesquisa será disponibilizado
No final de 2012, 800 brasileiros de todas as regiões do país responderam a pergunta: “para você, o que é felicidade?”. O resultado demonstra que os entrevistados, independentemente de fatores como classe social ou faixa etária, associam sua felicidade mais ao bem-estar físico e emocional e à convivência social do que aos aspectos financeiros e à posse de bens.
Quando questionados sobre o que consideram ser felicidade, dois terços dos entrevistados indicaram que estar saudável e/ou ter sua família saudável é um fator muito importante. Conviver bem com a família e os amigos está ligado à felicidade para 60% dos respondentes. Apenas três em cada dez brasileiros mencionaram a questão financeira em suas respostas. Conclui-se que para a população consultada, a felicidade está mais relacionada ao bem-estar, isto é, ter recursos materiais suficientes e tempo para desfrutar a vida em companhia dos amigos e familiares, e em menor grau a aumentar o consumo. 
Embora o instituto priorize sua ótica de análise no potencial de adesão ao consumo consciente expressa nos desejos dos consumidores, podemos olhar os dados focando no desequilíbrio entre o que a sociedade quer e o que alguns ambientes organizacionais oferecem. Reter colaboradores hoje pode significar atender a essa demanda da sociedade e premiar desempenho excepcional e realizações de destaque menos com bens tangíveis e mais através da possibilidade de aumentar o convício com a família e amigos.
Em seu livro, “1001 maneiras de premiar seus colaboradores”, Bob Nelson afirma que o reconhecimento em forma de folgas e horários flexíveis é valorizado em todo o mundo por quem trabalha. Uma significativa parcela dos profissionais de hoje não espera ter que sacrificar a vida pessoal por causa dos compromissos profissionais, embora o faça para manter o seu emprego.
Empregadores que acompanham as tendências do mundo do trabalho monitoram as mudanças de percepção e valores e tentam atender os anseios dos colaboradores procurando premiar o bom desempenho com dias de folga, ajustar o horário de trabalho em função do trânsito, possibilitar que o trabalho seja realizado em casa parte do tempo, permitir que o colaborador se ausente para assuntos particulares ou prolongue um feriado compensando posteriormente as horas de ausência.Com essas medidas, ganham os dois lados: a empresa se torna mais competitiva e seu pessoal mais comprometido.

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