domingo, 19 de maio de 2013

Com a previsão do aumento nos investimentos na área de petróleo, elevam-se as oportunidades nesse setor


Foi realizado no hotel Royal Tulip, na zona sul do Rio de Janeiro, na última terça-feira 14, a 11ª Rodada de Licitação de áreas para exploração de petróleo e gás, promovida pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Os representantes das maiores companhias petrolíferas do mundo estavam lá presentes. O leilão, primeiro após cinco anos sem novas concessões, teve lances apresentados por 39 empresas de 12 países. Dessas empresas, 30 conseguiram arrematar 142 blocos e pagaram R$ 2,8 bilhões em bônus de assinatura, bemo acima dos R$ 2 bilhões previstos inicialmente pela ANP. 
 Com esse resultado, foi batido o recorde anterior de R$ 2,1 bilhões, registrado em 2007, na 9ª Rodada de concessões. Para desenvolver as novas áreas e aumentar a produção brasileira de petróleo e gás, as empresas vão investir R$ 6,9 bilhões. Isso reprenta  apenas uma pequena fração dos investimentos de R$ 405 bilhões que o setor de óleo e gás está prevendo executar no período de 2013 a 2016, segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
 Maior empresa do mercado brasileiro, respondendo por 95% da produção nacional de petróleo,  e a quinta empresa no ranking mundial da área, a Petrobras reforçou suas áreas de exploração. Ela tem várioas campos e áreas sem exploração que devem ter o processo de pesquisas iniciados em pouco tempo. Além disso, a empresa teve participação direta nos lançes da licitação realizada nessa última Rodada e também participou associada a outros grupos.
Apesar de ter havido várias contestações de vários grupos de pessoas contrárias à venda da exploração de petróleo por parte de empresas privadas, a 11ª Rodada de concessões foi coberta de sucesso. Dos 30 grupos vencedores do leilão, 18 são companhias estrangeiras e 12, nacionais. Ela também lançou um novo olhar sobre as áreas de concessão de petróleo. A disputa, mesmo em áreas remotas como a Foz do Amazonas, surpreendeu o mercado, que enxergava dificuldades logísticas e riscos ambientais na região.
As empresas pertencentes à cadeia de fornecedores do setor projeta grandes negócios com os novos projetos que terão início a partir de agora. De acordo ocm as empresas vencedoras, a participação das compras de produtos e serviços nacionais nos investimentos será de 60% na fase de exploração, e de 76% para a fase de produção.  Até 2019 a demanda para o setor deve ficar muito próximo de US$ 400 bilhões, o que fará com que os fornecedores da área de petróleo tenham uma imensa oportunidade de ganhar dinheiro.
Essa euforia deve ser comedida porque nos falta ainda capacidade para produzir a um custo igual ou inferior aos melhores do mundo. Infelizmente,  o custo médio das plataformas de exploração construídas no Brasil é 35% superior ao de alguns concorrentes estrangeiros, como Coreia do Sul e China. No caso dos serviços a diferença é ainda maior . De acordo com especialistas da área, os serviços contratados pela indústria de óleo e gás chegam a custar 140% mais do que a média internacional. Espera-se que com a experiência que o País terá nos próximos anos, com o aumento de instrução e treinamento possamos produzir insumos com custos compatíveis com os praticados nos outros países.          Francisco Castro

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