sábado, 11 de maio de 2013

A melhora na produção automobilística


O setor de veículos teve uma produção muito boa nos primeiros quatro meses de 2013 com crescimento de 17% em relação ao mesmo período do ano passado e um aumento de 8,2% nas vendas. Isso caracteriza um contraste desse setor e os de outros segmentos, incluindo os de consumo de massa, como alimentos e vestuário, em que os números são menos agradáveis.
No período de janeiro a abril deste ano foram produzidas 1,17 milhão de unidades e nos últimos doze meses a produção total foi de 3,51 milhões veículos. Isso mostra o porquê dos números tão favoráveis para o setor automobilístico. No entanto, as empresas do setor prevêem que o crescimento nos próximos meses será mais modesto, em razão da base de partida de 2012 ter sido muito baixa.
Em termos percentuais, o crescimento das vendas foi muito favorecido pelos dados de abril, depois baixas de fevereiro e março em relação aos mesmos meses de 2012.
O grande destaque, em abril e em todos os outros três meses do ano, foram as vendas de máquinas agrícolas automotrizes e de caminhões, considerados bens de capital e indicadores da disposição de investir.
As vendas no atacado de máquinas agrícolas cresceram 32,3%, na comparação entre os meses de abril de 2012 e 2013, e 29,6%, entre os primeiros quadrimestres. Nas mesmas bases de comparação, a produção de caminhões aumentou 56,5% e 43,8%, respectivamente. As vendas de caminhões têm subsídios, com base no Programa de Sustentação do Investimento (PSI), em que os juros são de 3% ao ano.
Um dos principais fatores que explicam essa retomada no crescimento da produção de é a redução da carga tributária. Isso ajuda a explicar a melhora do setor numa fase em que a economia avança lentamente. Mas também é inegável a disposição de compra da população, seja pagando à vista, seja com financiamento. Isto é, as restrições de crédito aplicadas pelos bancos para evitar a inadimplência parecem atingir o setor de veículos em menor escala.
Tudo isso tem levado a uma a disposição de investimentos anunciada pelas montadoras chega a ser surpreendente, levando em conta o custo Brasil e a ociosidade de fábricas no exterior. Só a Fiat informou que pretende investir R$ 15 bilhões até 2016. Com isso, as projeções de investimentos de R$ 60 bilhões, até 2017, estão sendo revistas para mais.

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