segunda-feira, 18 de março de 2013

Veja a história dos Papas: Alguns números interessantes


Por Frei Betto, escritor, autor de ‘Um homem chamado Jesus’ 
O Papa Francisco é o 266º Pontífice. Na lista sucessória oficial, iniciada pelo apóstolo Pedro, constam 263, já que Bento 9º ocupou por três vezes o pontificado: eleito em 1032, o depuseram por corrupção em 1044. Voltou em 1045 e abdicou meses depois, para retornar em 1047, até ser definitivamente derrubado em 1048.
Até o século 4 papas eram eleitos por voto dos diáconos e padres de Roma. Assim como os fiéis das dioceses votavam na escolha de seus bispos. Evitava-se envolver os demais bispos nas questões internas da Sé romana.
O pontificado mais curto da história foi o de Estêvão 2º, de apenas três dias. O mais longo, de São Pedro, 34 anos. Seguido por Pio 9º, que dirigiu a Igreja por 32 anos. A média é de 8 anos — tempo de Bento 16.
Nove papas renunciaram à chefia da Igreja: Clemente (ano 88), Ponciano (235), Silvério (537), João 18 (1009), Bento 9º (1045), Gregório 6º (1046), Celestino 5º (1294), Gregório 12 (1415) e Bento 16 (2013).
A renúncia mais exemplar foi a de Celestino 5º. A demora do conclave levou o monge eremita Pedro Morrone a escrever aos cardeais, acusando-os de abusar da paciência do Espírito Santo. Tocados pela carta, os cardeais o elegeram. Coroado com o nome de Celestino 5º, em 1294, não suportou a politicagem eclesiástica e renunciou quatro meses depois. Retornou às montanhas e, mais tarde, foi canonizado.
O primeiro Papa a abdicar de seu nome de batismo para adotar um novo foi João 2º (533), que se chamava Mercúrio, considerado muito pagão para um nome de Sumo Pontífice.
Dos 264 papas, 210 nasceram na Itália, 16 na França, 12 na Grécia, seis na Alemanha, seis na Síria, três na Palestina, três na Espanha, três em países da África e dois em Portugal. Inglaterra, Holanda e Polônia — e agora, a Argentina —, cada um deu à Igreja um único Papa. 

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