Situação acontece em Açailândia e São Pedro da Água Branca.
Mais de 45 famílias esperam por decisão da Justiça Federal.
Trabalhadores rurais acampados há mais dez anos numa propriedade rural localizada na região oeste do Estado, entre Açailândia e São Pedro da Água Branca, temem ser despejados por meio de uma ação de reintegração de posse. Quem depende do local para sobreviver reclama da demora no julgamento dos processos.
Durante o período de ocupação, os trabalhadores realizaram o plantio de várias espécies, principalmente as ligadas à agricultura de subsistência, como arroz, milho, feijão, melancia e mandioca.
O fazendeiro e proprietário da terra disse que foi prejudicado com a ocupação. Ainda assim, afirmou ser favorável à liberação da área aos trabalhadores. Mas para isso aguarda o resultado de uma decisão do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). “Você vai no INCRA de Imperatriz e não acha ninguém. Eles querem tomar, mas no país há leis”, argumentou o pecuarista Miguel Andrade.
Os problemas entre fazendeiros e trabalhadores rurais também estão presentes em outros municípios da região. Em São Pedro da Água Branca, 45 famílias enfrentam um drama após serem despejadas de um projeto de assentamento denominado Asa Branca. O caso é analisado pela Justiça e todos aguardam uma resposta desde junho de 2012. “Estou fora da roça, porque foi isso que aprendi a fazer e na verdade estamos esperando a decisão das entidades que dizem que estão tomando frente, para retornarmos à área”, disse o lavrador Cícero Pedrosa de Lima
A direção do Incra informou que com base nos laudos de vistorias das duas áreas, a Procuradoria Federal deu parecer favorável aos trabalhadores, mas como houve recursos dos posseiros, os processos aguardam uma decisão da Justiça Federal.
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