sexta-feira, 8 de março de 2013

Todas as pessoas devem respeitar todas as outras pessoas. Devemos respeitar para sermos respeitados


                                                     Saber respeitar as pessoas além de dignificar o caráter de qualquer indivíduo é fundamental para ratificar a retidão do comportamento de quem a sociedade ou outras pessoas consideram como pessoa que merece respeito. Esse é o caso do atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa. Ele ganhou notoriedade e respeito de boa parte dos brasileiros pela sua participação brilhante no julgamento da Ação Penal 470, que condenou muitas pessoas poderosas que infringiram a lei. 
Ele é um exemplo para todos os que lutam por justiça e igualdade de condições para todos e que respeitam as normas e leis existentes no País. Como homem do povo e profundo conhecedor das mazelas da Justiça brasileira, ele está firmemente determinado a dar a contribuição de seus mandatos à frente do STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para que o judiciário seja de verdade capaz de fazer justiça a partir do princípio fundamental de que todos os cidadãos são iguais perante a lei.
 No entanto, mesmo com toda a sua importância para a proliferação da prática da justiça verdadeira e do respeito que boa parte da sociedade brasileira tem por ele, o ministro tem demonstrado que não possuem nenhum controle emocional e, pior que isso, é capaz de desrespeitar um profissional que está trabalhando e que não está ofendendo a ninguém e muito menos a ele. Respeitar qualquer pessoa faz parte do comportamento de toda e qualquer pessoa que possui ética, moral e preza pelos conceitos mais nobres da boa convivência. 
Um fato que teve repercussão onde o ministro não se comportou de forma adequada a uma pessoa séria ocorreu no dia 05/03/2013 à saída de uma sessão do CNJ. Ele ofendeu com brutalidade e truculência um repórter do jornal O Estado de São Paulo que estava trabalhando e queria lhe fazer uma pergunta sobre a crítica que o ministro recebera de associações de juízes por ter dito, numa entrevista, que há juízes que aplicam com demasiada complacência uma lei penal já excessivamente leniente. Antes mesmo que o jornalista terminasse a sua pergunta, o ministro pediu que fosse deixado em paz disse em voz alta e bastante raivosa: “Vá chafurdar no lixo, como você faz sempre”. E ainda chamou o repórter de palhaço. 
Essa irresponsabilidade cometida por Joaquim Barbosa atinge toda a imprensa e as pessoas sérias e éticas que o admiram. Não é por um mero pedido de desculpa ao profissional feita por meio de sua assessoria de imprensa que vai apagar esse ato altamente reprovável do ministro. O respeito deve ser praticado por todos e para todos. Ser tratado com menosprezo, com deselegância ou com falta de decência não é motivo para ser rebaixado. Aliás, que sai rebaixado de um episódio desse tipo é o protagonista dele. 
Por Francisco Castro

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