Quilombolas que ficaram acampados por três dias na sede do Incra, em São Luís, fizeram um acordo com a Superintendência do Instituto e deixaram o local. Na oportunidade, foi assinado um Termo de Compromisso para a realização de laudos que vão garantir a posse da terra aos moradores das comunidades.
Mais de 150 representantes de comunidades quilombolas de 61 municípios da Baixada Maranhense, reivindicam agilidade na elaboração de relatórios antropológicos para a titulação de terras quilombolas. “Não há outro caminho que não seja esse laudo antropológico”, completou o quilombola João da Cruz
Por meio de um acordo firmado em 2011, com o movimento Quilombolas do Maranhão, o Incra se comprometeu a executar 54 relatórios antropológicos até novembro do ano passado. Mas, até o momento, somente 18 relatórios antropológicos estão em fase de elaboração.
Trinta e seis relatórios, entre eles, 20 - de responsabilidade da Superintendência Regional do Incra, em São Luís - nem chegaram a ser iniciados. Segundo o órgão, por falta de antropólogos e de recursos financeiros.
Com a assinatura do Termo de Compromisso, os manifestantes deixaram a sede do Incra e o Instituto prometeu agilizar a elaboração dos relatórios. “Novos antropólogos já foram nomeados e só faltam tomar posse e em 90 dias são suficientes para lançar o edital e elaborar esses 20 laudos”, justificou o Superintendente do Incra, José Inácio Rodrigues.
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