No início da próxima semana, o advogado Miguel Blancourt vai entrar com novo pedido de liberdade provisória para os 12 torcedores corintianos que estão presos em Oruro, Bolívia, desde 22 de fevereiro, acusado de participação na morte do jovem boliviano Kevin Espada, atingido por um foguete sinalizador durante a partida entre Corinthians e San Jose.
Desta vez, o advogado boliviano que defende os brasileiros – em sua maioria, integrantes da torcida uniformizada Gaviões da Fiel – apresentará na ação a cópia do contrato de aluguel de uma casa em Cochabamba. “Nós alugamos o imóvel e já pagamos três meses adiantados ao preço de mil reais por mês”, disse o advogado brasileiro Ricardo Cabral.
Aideia é convencer o juiz de que ele pode suspender a prisão preventiva dos uniformizados corintianos, uma vez que eles terão agora residência estabelecida na Bolívia. “O argumento para mantê-los encarcerados é que há o temor de que eles deixariam o país. Com residência fixa, este receio perde força”, disse o Dr. Cabral.
Além disso, o advogado da Gaviões no Brasil se encontra ainda nesta sexta-feira com o embaixador da Bolívia no Brasil. Ele vai pedir ajuda para que os “Doze de Oruro” sejam soltos. “Eles são realmente inocentes e estão vivendo em muito más condições”, afirmou ao Blog do Boleiro.
Nesta semana, o Dr. Blancourt e um representante da embaixada do Brasil na Bolívia mostraram à delegada de polícia Abigail Sabá o vídeo da reportagem do programa Fantástico (TV Globo) onde o perito Nelson Massini, professor de medicina legal da Universidade Federal do Rio de Janeiro, atesta que o sinalizador foi mesmo disparado pelo menor H.A.M, autor confesso do crime, com a ajuda de outro torcedor, Cristiano Rocha de Miranda.
“Ela ficou impressionado com o vídeo e vai pedir para que o material utilizado pela TV Globo, seja enviado à Bolívia para que peritos bolivianos avaliem a autenticidade”, disse o Dr. Cabral. A produção do programa levou para o perito vídeos de uma emissora de tevê boliviana, da própria TV Globo e fotos da Agência Corinthians.
Além disso, os advogados da Gaviões aguardam pelo pedido de perícia oficial feito pelo promotor responsável pelo caso no Brasil, Thales Cezar de Oliveira. “O Dr. Thales deve pedir para o Instituto de Criminalística da Secretaria de Segurança Pública fazer a perícia deste material. O laudo oficial poderá ser enviado à Bolívia para ajudar a mostrar que foi mesmo o H.A.M que disparou o foguete”, disse o advogado da Gaviões.
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