sábado, 5 de janeiro de 2013

'Pensei que ia morrer', diz menino que estava desaparecido no RJ


Daniel caiu em um córrego e só saiu mais de 1 km depois.
Menino disse que estava frio e parecia 'água de geladeira'

Do G1 Rio

Daniel Souza Soares  (Foto: Isabella Marinho/ G1 Rio)Daniel Souza Soares mostra arranhão no braço (Foto: Isabella Marinho/ G1 Rio)
Daniel Souza Soares, de 9 anos, que ficou desaparecido em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, desde as 16h da tarde de quinta-feira (3) e foi encontrado na tarde de sexta (4) disse neste sábado (5), que tinha saído para comprar pão na padaria, quando foi empurrado, por outro menino, em um córrego próximo a casa dele, no bairro Rodilândia. "Eu pedi licença para passar e ele disse que não ia dar, e me empurrou", contou o menino ao G1.
Ainda na entrevista, disse que teve medo quando caiu no rio. "Eu achei que fosse morrer", falou Daniel. O susto foi grande, mas ele teve apenas alguns arranhões nos braços. Daniel contou que enquanto estava dentro d'água, não conseguiu ver, nem pensar em nada.
Ele não sabe nadar, mas conseguiu se salvar, porque se segurou na vegetação e uns ferros na margem do córrego." Fiquei agarrado em uns ferros que tinham ali", explicou. Daniel disse que foi arrastado pela correnteza, por meia hora. " Tava frio. Parerce que é água de geladeira", comentou.
O menino passou por uma galeria embaixo da Via Dutra, principal ligação entre Rio e São Paulo e saiu do córrego 1 km e 700 metros depois, como mostrou oJornal Hoje.
Neste sábado, Daniel que passa bem, foi levado pela mãe, pelo tio e pela avó paterna ao Hospital  Estadual Albert Schweitzer, em Realengo, Zona Oeste do Rio. Ele foi tomar vacinas e fazer exames. Antes, a família levou Daniel na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Cabuçu, em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense para ser vacinado. Nenhum dos locais tinha a vacina que o menino precisava tomar.
Encontro
"Caí de joelhos de tanta emoção quando soube que meu filho estava vivo. Foi um espera muito longa", disse Ivete Silva Souza, mãe do menino, em entrevista ao G1. Para ela, o caso foi um milagre. "Foi um milagre de Deus, pela quantidade de água que ele engoliu, só um milagre mesmo", disse Ivete.
A mãe afirmou que o menino depois de conseguir sair do córrego ainda passou por muita dificuldade.  "Ele tinha R$ 4,00 no bolso. Com esse dinheiro ele foi até o meu serviço, em Santa Eugênia (Baixada Fluminense), e não me encontrou. De lá, ele foi para a casa do amigo. Os avós dele moram ali perto e nem passou pela cabeça dele procurá-los. Ficou lá com o amigo, o amigo deu banho, ajudou ele, trocou roupa, passearam, tomaram sorvete e eu aflita", disse Ivete. A mãe acrescentou que a família desse amigo tentou contato com ela, sem sucesso. Um tio de Daniel, conhecido como Lindinho, viu o menino e o levou para a casa.
Emocionada a avó mostrou a satisfação  de estar com o neto. "Fiquei muito feliz de acharem ele", disse Lilian Maia a avó paterna de Daniel.
Buscas
Durante mais de 24h, o Corpo de Bombeiros de Nova Iguaçu tentou achar Daniel. "A equipe dos bombeiros me prestou atendimento durante todo esse tempo, eles foram nota 10", disse Ivete.
Ivete também disse que quando foi procurar seu filho, uma criança entregou a ela um chinelo de Daniel. "Deduzi que tinha acontecido algo próximo ao Rio e pedi aos bombeiros que procurassem. Como o lugar era muito deserto, pensei que meu filho estava morto, mas meu coração de mãe dizia que ele estava bem. Eu entrei em desespero, pensei que ele tivesse sido seqüestrado", completou Ivete
.

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