segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Para o bem da pesquisa e formação de muitos estudantes, o governo deve ter incentivos à CAPES e ao CNPQ como uma das prioridades


Apesar de não parecer, o Brasil conta atualmente com muitas instituições dedicadas ao desenvolvimento científico e tecnológico da mais alta qualidade e respeitabilidade. Esse conjunto de centros de pesquisas pode ser considerado como modelo para os países da América Latina, onde o Brasil se destaca como maior produtor de trabalhos científicos. Nas últimas décadas, o país foi capaz de estabelecer um sistema altamente sinérgico, no qual universidades, institutos e centros de pesquisa e desenvolvimento, agências de fomento, secretarias e ministérios trabalham em conjunto, estabelecem parcerias, interagem com seus congêneres internacionais e produzem conhecimento científico reconhecido internacionalmente. 
O elevado grau de organização do sistema possibilitou que o Brasil atingisse a 13ª posição no ranking da produção científica mundial, uma conquista que carrega em si todo o potencial para ser superada, mas que também corre risco de ser derrubada. Durante os últimos anos, o crescimento salutar do setor de ciência e tecnologia no Brasil tem enfrentado ameaças de retrocesso oriundas, sobretudo, de interesses político-partidários. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), como exemplo, desde sua criação em 1985, já sofreu revezes que o rebaixaram a Secretaria de Estado, ou a fusões com outros ministérios. 
O contingenciamento de orçamentos pré-aprovados ou a redução das fontes de financiamento, como os fundos setoriais, também ocorrem com uma frequência perigosa para o setor, que requer planejamento e execução de longo prazo. Portanto, requer visão e ação de política de Estado. Em todos esses momentos, a comunidade científica brasileira mobilizou-se e, apesar dos obstáculos, tem logrado assistir à preservação da estrutura e à evolução das instituições de pesquisa e das agências de financiamento. 
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes A Capes é uma fundação do Ministério da Educação que se dedica a investir na formação de professores e pesquisadores e na aprovação e avaliação de cursos de pós-graduação (Mestrado e Doutorado). O CNPq, subordinado ao MCTI, desempenha a tarefa de financiar projetos de pesquisa científica e tecnológica, garantir a participação de pesquisadores brasileiros em eventos científicos internacionais, promover a difusão da ciência na sociedade e manter o cadastro atualizado da produção científica nacional por meio da Plataforma Lattes. 
Atualmente, muitos estudantes brasileiros fizeram ou estão fazendo seus cursos de pos graduação nas melhores universidades do mundo graças a bolsas de estudo com a geração de grande capital humano para o país.Graças à Capes e ao CNPq foi possível viabilizar a continuidade de formação de muitos estudantes que atualmente estão prestando relevantes serviços ao país seja em instituições públicas e na iniciativa privada. A Capes e o CNPq são partes vitais do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia. O governo deve sempre incentivar essas duas instituições da mais alta importância para a melhora na qualidade dos nossos profissionais mais “gabaritados”. O setor público deve sempre aportar recursos tanto na Capes quanto no CNPq para que continuem a proporcionar pesquisas de alta qualidade e de ajudar a formar muitos profissionais de extrema importância para o desenvolvimento do Brasil.

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