quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Os juros cobrados em algumas modalidades de crédito no Brasil ainda são imorais e proibitivos


O Brasil está vivendo um período de juros bastantes razoáveis e nunca se discutiu tanto sobre taxas de juros baixos, visto que desde o ano passado o Brasil atingiu a menor taxa SELIC da historia, desde que foi criada em 1979,  7,25% ao ano (A SELIC é a taxa de juros média que incide sobre os financiamentos diários com prazo de um dia útil, overnight, lastreados por títulos públicos registrados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia). 
 Ao mesmo tempo em que a taxa base de juros da economia caiu, o governo pressionou os bancos, indiretamente por meio dos bancos públicos, e também de forma mais direta por meio de outras ações, para derrubarem seus spreads (percentual da taxa cobrada pelo banco em relação acima da SELIC ) afim de oferecer um crédito mais barato ao consumidor. O objetivo do governo está sendo alcançado, pelo menos em parte,  visto que alguns bancos privados chegaram a cortar metade dos juros, entretanto, muitas taxas continuam extremamente altas, proibitivas. 
Os números são assustadores e inacreditáveis, por exemplo, o cartão de crédito, tipo de crédito muito utilizado, inclusive é a modalidade mais usada por brasileiros, de acordo com o relatório da ANEFAC referente a dezembro 2012, são em média 9,37% ao mês, o que equivalem a astronômicos 193%  ao ano. Observa-se que a diferença é muito grande com relação aos 7,25% ao ano cobrados pela taxa SELIC ou ainda mais, dos 5,08% do rendimento anual da poupança. Como pode tamanha diferença? Por que as pessoas se propõem a pagar juros tão altos se existem alternativas muito mais baratas? 
Para se ter uma idéia mais clara, considerando uma aplicação de R$ 1.000,00 na poupança e esses mesmos R$ 1.000,00, ambos por um período de quatro anos. No primeiro ano o saldo da poupança será de R$ R$ 1.050,75 e a dívida no cartão será de R$ 2.929,40. Ao final do segundo ano, a poupança terá um saldo de R$ 1.104,08 e o cartão terá uma dívida de R$ 8.581,38. Ao final do terceiro ano, a poupança terá um saldo de R$ 1.160,11 e o cartão de crédito já terá um rombo de R$ 25.138,28. Finalmente, depois de quatro anos, a poupança rendeu somente R$ 218,98 (terá um saldo de R$ 1.218,98) enquanto que a dívida no cartão foi acrescida em R$ 72.640,07 (fazendo com que a dívida agora seja de R$ 73.640,07). 
O exemplo apresentado acima mostra claramente a irracionalidade da cobrança de juros tão altos e certas modalidades de crédito no Brasil. Essa armadilha, infelizmente, pega muitos brasileiros, não muito por um período tão longo como o que foi visto acima, mas em muitos períodos mais curtos, de alguns meses, mas que produzem efeitos terríveis no orçamento de muitas pessoas e famílias. 
As pessoas devem ser educadas e obter informações a respeito de modalidades de crédito que incorram em custos menores para não ter que pagar juros tão inacreditáveis como os cobrados pelo cartão de crédito. Na verdade, existem outros tipos de crédito que cobram juros muito mais altos do que a média, mas não tão alto do que os cobrados no cartão. As pessoas devem procurar alternativas de crédito, mesmo que precisem por um período curto de tempo, que cobre taxas mais 

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