domingo, 13 de janeiro de 2013

O Bolsa Família e outros programas sociais não são suficientes para elevar a renda permanente das famílias beneficiárias


As desigualdades sociais e de renda no Brasil são notórias e todo mundo sabe disso. Todo mundo também sabe que para combater essas desigualdades terríveis e levar conforto para aqueles mais necessitados é necessário mais que simplesmente doar dinheiro para o mínimo de subsistência. É preciso que as pessoas passem a ter condições de gerar a própria renda e em valor suficiente para ter uma vida muito mais saudável, em que possa comprar até mesmo produtos, serviços e bens que ajude a elevar ainda mais o bem estar da família. Mas, infelizmente, com raras exceções, não é isso o que está ocorrendo nas milhares de cidades brasileiras.
Evidentemente que esses programas de combate à miséria implantados há uma década no governo de Luiz Inácio Lula da Silva têm registrado sucesso em dois aspectos: a ampliação dos benefícios de transferência de renda à maioria das famílias mais necessitadas, garantindo alívio imediato, e a melhoria de indicadores sociais. Entretanto, os resultados são pífios quando se verifica o aumento das oportunidades de inclusão no mercado de trabalho para os beneficiados dos programas sociais do governo. A imensa maioria das famílias que recebem recursos para se manterem continua do mesmo jeito, acomodadas e sem nenhuma alternativa aos benefícios públicos
Em quase todas as cidades pequenas do País, a dependência dos programas de assistência social do governo é latente. A dinâmica desses lugares gira em torno desses programas. Quase não há movimentos ou tentativas sérias de mudar essa situação com implantação de outras fontes de rendas como a criação de empresas industriais, serviços e outras atividades que possam fazer com que as pessoas do município tenham ocupações que lhes rendam boa remuneração, sejam como empregadas, cooperativados ou com um negócio próprio. Infelizmente, raramente são encontrados casos em que isso é praticado.
Além disso, quase não se observa cursos ou aperfeiçoamento profissional dos beneficiários para que possam elevar a sua produtividade e com isso aumentar a renda. Mas o grande problema é que somente ensinar, elevar o saber e o estudo formal dessas pessoas não resolve o problema de renda. Isso tem que vir com medidas sérias e determinação política e administrativa das autoridades federais, estaduais e locais para implantação de núcleos de negócios, de atividades que tenham viabilidade técnica e econômica para que as pessoas possam ingressar e auferir um novo patamar de renda. A acomodação, a falta de recursos, a coragem de enfrentar esses desafios e outros fatores tem deixado muitos municípios brasileiros somente a um passo da miséria, mesmo com programas sociais do governo levando mensalmente dinheiro para muitas famílias.
O pior é que o governo federal, os governadores, os prefeitos e os auxiliares responsáveis por esses programas e áreas correlatas sabem disso e se observa poucas ações que levem essas famílias a não mais necessitarem dessa ajuda. É verdade que programas como o Bolsa Família, elevação do salário mínimo que ajudou muitos aposentados espalhados por todos os municípios, inclusive os mais pobres, e outros programas sociais tem ajudado muito lugares que antes eram sinônimo de miséria, mas isso não basta. É preciso muito mais. É preciso que se faça algo que leve as famílias a não mais precisar de ajuda governamental por meio desses programas.

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