sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Morador que permanecer em área deve ter bens bloqueados em MT


Leandro J. NascimentoDo G1 MT

Desocupação de terra indígena tem confronto entre polícia e produtores (Foto: Reprodução/TVCA)Desocupação de terra indígena foi marcada por confronto
entre polícia e produtores (Foto: Reprodução/TVCA)
Encerra nesta sexta-feira (4) o prazo para que as famílias do distrito de Posto da Mata, na região de Alto Boa Vista, a 1.064 km de Cuiabá, deixem a localidade. O prazo foi o último concedido pelos oficiais de Justiça que atuam no cumprimento dos mandados de desocupação da área indígena Marãiwatsédé, reconhecida como de propriedade xavante.
Quem permanecer na localidade após a data terá os bens confiscados e deverá responder pelo crime de desobediência, segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai). O processo de retirada dos ocupantes não índios, iniciado em 10 de dezembro, ocorre em meio a uma série de protestos, bloqueios de rodovias federais e com registros de confrontos entre manifestantes e policiais.
Na área faltam alimentos e medicamentos. Segundo a Funai, o pequeno distrito é considerado foco de resistência e de ocupação irregular da TI Marãiwatsédé. "Desobedecendo a ordem judicial, supostas lideranças insuflavam os moradores locais a resistir à intimação dos oficiais de Justiça para desocupação dos imóveis", disse a entidade em nota veiculada nesta semana.
A desocupação no povoado começou ainda no domingo (30), com a participação da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional de Segurança Pública, Funai e SAMU. "A ocupação se deu de forma pacífica, sem resistência ou confronto com as forças do comboio e o acesso ao Posto da Mata foi restabelecido", pontuou a Fundação.
Ainda segundo a Funai, durante a operação em Posto da Mata as forças policiais prenderam o gerente do posto de combustível instalado na região. Nele foi encontrada parte do alimento saqueado, inclusive notas fiscais identificando a carga.
Entre os dias 20 e 27 foram vistoriadas mais 30 fazendas, sendo 16 desocupadas, apesar de locais de difícil acesso, alguns com necessidade de utilização de aeronaves para o cumprimento dos mandados
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