terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A Petrobrás tem sofrido com ingerências políticas, controle de preços e diminuição de eficiência em várias de suas áreas



As condições econômicas, políticas e sociais tem levado a Petrobrás a sofrer com os seus resultados nos últimos anos, principalmente após as últimas crises que assolam várias economias pelo mundo afora. Em 2012, existe uma projeção de queda acentuada na produção nas principais áreas de atuação da empresa, notadamente no que se refere ao refino, fazendo com que o País tenha que importar uma quantidade muito grande de combustíveis, levando por terra a tão decantada auto suficiência de petróleo. No segundo trimestre de 2012, a empresa registrou prejuízo de R$ 1,35 bilhão, configurando-se como o primeiro resultado negativo em 13 anos. 
Os investimentos programados foram super dimensionados, notadamente por causa dos vultosos gastos realizados e em realização com os projetos do Pré Sal e de outros que tiveram que ser revistos, com alteração significativa do valor projetado inicialmente, como foi o caso da refinaria Abreu e Lima em Pernambuco. A empresa diminuiu investimentos essenciais que poderiam elevar o nível de eficiência em suas plataformas, significando melhores condições para o Brasil e para a população. 
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, o nível de produção dos poços antigos tem diminuído muito mais do que apresentado pelo histórico. Por exemplo, a produção diária média de óleo e condensado em agosto de 2012 foi de 2,006 milhões de barris, inferior à média do mesmo mês do ano anterior, que foi de 2,052 milhões de barris. Desconsiderando a produção dos novos poços, que foi de 500 mil barris diários, compreende-se que a produção dos poços antigos diminuiu 26,6%, ou mais de um quarto, entre um ano e outro, bem acima da média histórica de redução, de 7% a 10% ao ano. 
Em razão da queda da produção e da estagnação por muitos anos de sua capacidade de processar o petróleo, a Petrobrás passou a importar diesel e gasolina em volumes crescentes. A Petrobrás compra a preços do mercado internacional, mas vende mais barato do que paga, o que só pode resultar em perdas. Alem disso, a política do governo que sempre postergou a elevação dos preços dos combustíveis tem contribuído para a diminuição da capacidade da empresa de fazer frente aos seus projetos de investimentos. 
A Petrobrás é uma empresa respeitada no mundo inteiro e com todo o seu tamanho e importância para a economia brasileira e para o povo brasileiro deveria ter muito mais eficiência e doar muito mais aos brasileiros por meio da sua capacidade de produção, diminuição em sues custos, descobertas de novos combustíveis mais baratos e mais seriedade em suas práticas e gestão. A ingerência política que está presente em todas as estatais deveria ficar bem longe da nossa maior empresa. Ela deveria ser voltada especificamente para a excelência e ser um orgulho para todos os brasileiros.

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